quinta-feira, 28 de maio de 2009
Fotografias coloridas assinadas pelos irmãos Lumière são expostas pela primeira vez fora da Europa
Publicado por
Eduardo Chaves
“Autocromos Lumière”, como ficaram conhecidas as imagens produzidas sobre uma placa de vidro pelos cientistas-artistas franceses, reavivam interesse do público brasileiro pela herança cultural francesa.
Os franceses e irmãos Lumière não são apenas os pioneiros do cinema, eles colaboraram também para o início da história da fotografia. É isso o que comprova, para o olhar atento dos visitantes, a exposição “Autocromos Lumière – o tempo da cor”, que faz parte do calendário oficial do Ano da França no Brasil. A mostra abre nesta quarta-feira (20), no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba (PR), e fica até 13 de setembro.
Pela primeira vez fora da França, os autocromos (invenção da foto colorida sobre placa de vidro) desenvolvidos pelos irmãos Auguste e Louis Lumière, são expostos ao grande público. A mostra, que traz também uma pintura, películas para a projeção de filmes e um autocromo original, é resultado de parceira com o Instituto Lumière, em Lyon, na França, coma Região Rhône-Alpes e com a Culturesfrance, e conta com o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e o apoio do Ministério da Cultura (Minc), do Governo do Paraná e da Secretaria de Estado da Cultura.
Na opinião do presidente da região de Rhône-Alpes, Jean Jacques Queyranne, a mostra dá mais um passo na integração entre Brasil e França. “É uma exposição que fala a todo mundo. Foi um momento de grande emoção para as pessoas quando entraram na exposição. E, para a região de Rhône-Alpes, esse intercâmbio com o Paraná e com o Brasil é de valiosa importância”, avaliou.
Para compor a exposição, foram escolhidas 70 imagens que retratam cenas intimistas dos próprios irmãos Lumière, da vida cotidiana em família, de personagens e paisagens do início do século passado. Os autocromos introduziram profundas mudanças no mundo da imagem e da arte fotográfica no início do século XX e foram patenteados como um novo modo de fotografar em 1903.
O fotógrafo paranaense Nego Miranda observou a qualidade da preservação das imagens, durante o evento de inauguração da exposição. “Depois de cem anos, a preservação das cores é impressionante, pois mesmo nos cromos atuais as cores se perdem facilmente. Isso mostra que os irmãos Lumière já tinham técnica apurada da cor no início da fotografia”, afirmou.
Por conta da preservação das obras, apenas um autocromo original integra a exposição, sob curadoria de Dominique Païni. “Se você observar, vai ver que as fotografias seguem todas as regras dos atuais manuais de foto para se obter uma bela imagem. Mas na época não existiam tais manuais, as fotografias eram tiradas instintivamente. Espero que as pessoas gostem da exposição”, afirma um dos netos de Louis Lumière, presente na abertura oficial, Max Le Francq.
20 filmes integram a exposição, entre eles “Banho de Mar” (1895), “Biarritz: a praia e o estabelecimento “(1900), “Chegada de Carro” (1896), “Crianças à beira-mar” (1897) e “Épinal: as margens do rio Moselle “(1900). Alguns dos filmes são preto e branco e outros foram colorizados posteriormente, pois os Lumière não conseguiram produzir filmes coloridos. Todos os filmes foram feitos com o cinematógrafo, outra invenção dos Lumière, utilizado para projetar os filmes.
Serviço:
“Autocromos Lumière – O tempo da cor”
Visitação: de 20 de maio a 13 de setembro
Museu Oscar Niemeyer em Curitiba
Rua Marechal Hermes, 999
Telefone: (41) 3350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Ingresso: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (estudantes)
Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio efundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e noprimeiro domingo de cada mês.
Solicitação de agendamento: www.museuoscarniemeyer.org.br
Veja também: www.autochromes.culture.fr
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Exposições
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“Autocromos Lumière”, como ficaram conhecidas as imagens produzidas sobre uma placa de vidro pelos cientistas-artistas franceses, reavivam interesse do público brasileiro pela herança cultural francesa.
Os franceses e irmãos Lumière não são apenas os pioneiros do cinema, eles colaboraram também para o início da história da fotografia. É isso o que comprova, para o olhar atento dos visitantes, a exposição “Autocromos Lumière – o tempo da cor”, que faz parte do calendário oficial do Ano da França no Brasil. A mostra abre nesta quarta-feira (20), no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba (PR), e fica até 13 de setembro.
Pela primeira vez fora da França, os autocromos (invenção da foto colorida sobre placa de vidro) desenvolvidos pelos irmãos Auguste e Louis Lumière, são expostos ao grande público. A mostra, que traz também uma pintura, películas para a projeção de filmes e um autocromo original, é resultado de parceira com o Instituto Lumière, em Lyon, na França, coma Região Rhône-Alpes e com a Culturesfrance, e conta com o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e o apoio do Ministério da Cultura (Minc), do Governo do Paraná e da Secretaria de Estado da Cultura.
Na opinião do presidente da região de Rhône-Alpes, Jean Jacques Queyranne, a mostra dá mais um passo na integração entre Brasil e França. “É uma exposição que fala a todo mundo. Foi um momento de grande emoção para as pessoas quando entraram na exposição. E, para a região de Rhône-Alpes, esse intercâmbio com o Paraná e com o Brasil é de valiosa importância”, avaliou.
Para compor a exposição, foram escolhidas 70 imagens que retratam cenas intimistas dos próprios irmãos Lumière, da vida cotidiana em família, de personagens e paisagens do início do século passado. Os autocromos introduziram profundas mudanças no mundo da imagem e da arte fotográfica no início do século XX e foram patenteados como um novo modo de fotografar em 1903.
O fotógrafo paranaense Nego Miranda observou a qualidade da preservação das imagens, durante o evento de inauguração da exposição. “Depois de cem anos, a preservação das cores é impressionante, pois mesmo nos cromos atuais as cores se perdem facilmente. Isso mostra que os irmãos Lumière já tinham técnica apurada da cor no início da fotografia”, afirmou.
Por conta da preservação das obras, apenas um autocromo original integra a exposição, sob curadoria de Dominique Païni. “Se você observar, vai ver que as fotografias seguem todas as regras dos atuais manuais de foto para se obter uma bela imagem. Mas na época não existiam tais manuais, as fotografias eram tiradas instintivamente. Espero que as pessoas gostem da exposição”, afirma um dos netos de Louis Lumière, presente na abertura oficial, Max Le Francq.
20 filmes integram a exposição, entre eles “Banho de Mar” (1895), “Biarritz: a praia e o estabelecimento “(1900), “Chegada de Carro” (1896), “Crianças à beira-mar” (1897) e “Épinal: as margens do rio Moselle “(1900). Alguns dos filmes são preto e branco e outros foram colorizados posteriormente, pois os Lumière não conseguiram produzir filmes coloridos. Todos os filmes foram feitos com o cinematógrafo, outra invenção dos Lumière, utilizado para projetar os filmes.
Serviço:
“Autocromos Lumière – O tempo da cor”
Visitação: de 20 de maio a 13 de setembro
Museu Oscar Niemeyer em Curitiba
Rua Marechal Hermes, 999
Telefone: (41) 3350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Ingresso: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (estudantes)
Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio efundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e noprimeiro domingo de cada mês.
Solicitação de agendamento: www.museuoscarniemeyer.org.br
Veja também: www.autochromes.culture.fr
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