Fonte: Eduardo Chaves
O primeiro dia do evento mais importante do calendário de tecnologia do país começou cedo. Ainda por volta das 11h um grupo grande de campuseiros aguardavam a abertura dos portões do Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Nas malas, além de cases, computadores, fios e cabos, os geeks levavam uma busca incessante por conhecimento.
O público só crescia do lado de fora. O frio era a cia mais próxima dos aventureiros que chegavam de todas as partes do Brasil e também de 22 nacionalidades estrangeiras, entre eles, americanos, chilenos, suecos, argentinos, mexicanos e espanhóis.
Do lado de dentro o que se podia ver era uma estrutura exageradamente organizada. Muito maior em dimensões, o evento de 2010 dá inveja para a mesma base de 2009. O pavilhão agora todo ocupado apresentava-se dividido em três partes, a primeira delas, logo na entrada oferece aos visitantes e não pagantes, um passeio entre os expositores e principais patrocinadores do evento. Depois, em um segundo momento, após passar por quatro, cinco, oito seguranças é possível chegar até a arena onde acontecem as oficinas e palestras. Depois, fechados a sete chaves e longe da imprensa, estão os abrigos dos campuseiros que devem passar mais de 500 horas absorvendo e trocando conhecimento.
Entre novas e velhas amizades, os fotógrafos do evento, não aqueles credenciados como imprensa, mas sim os amadores e hobistas chegam tímidos. É nítido perceber que o número de jovens portando câmeras profissionais e semi-profissionais no evento aumentou. De um lado se vê homens portando NIKON de outro, nas mãos de alguns poucos é possível filtrar o olhar para a CANON. Não importa a marca, mas percebe-se que o evento não vai passar apenas na memória.
Às 17horas a coletiva de imprensa aguardava as perguntas mais afiadas dos jornalistas. Marcelo Branco, diretor geral da Campus Party Brasil 2010 não gagueja e nenhuma reposta e enche a boca pra dizer que o Brasil sustenta hoje o maior evento de comunidades da internet. “O que isso representa?”, grita uma jornalista no meio da coletiva. Do outro lado, Pablo, um dos organizadores do evento responde: “Daqui vai sair o próximo dono do Google, não tenho dúvidas disso!”.
Os números do evento impressionam: são mais de 900 profissionais envolvidos na Campus Party; cerca de 12 mil campuseiros; 100 mil visitantes da área expo; 40km de cabo de conexão; 20km de cabo de fibra ótica; 553 atividades e 700 horas de palestras e oficinas.
Um evento como este não poderia ser grande apenas na estrutura, segundo ainda Marcelo Branco, o investimento em dinheiro não é possível calcular, já que uma conexão de 10gb oferecidas pelo evento aos campuseiros, ainda não é um produto disponível no mercado. No entanto, a máquina de calcular do evento já reserva cerca de R$13milhões em estrutura, parcerias e acordos comerciais.
Comparada por uns como a “Semana de Arte Moderna” em pleno século XXI, a CAMPUS PARTY precisa surpreender mais que números e quantias exorbitantes. Talentos devem ser revelados, parcerias consolidas e projetos estudados. Afinal, ninguém larga sua vida para ficar imergido em uma cultura vã e sem propósito.
Veja algumas imagens do primeiro dia do evento:
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Dinâmica, moderna e encorpada. Campus Party 2010 promove interatividade e conhecimento digital
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Eduardo Chaves
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