Fonte: R7
Foto: Thomas Coex - AFP
Franceses protestam por Sakineh em Paris; drama da iraniana condenada ao apedrejamento comoveu o mundo
Franceses protestam por Sakineh em Paris; drama da iraniana condenada ao apedrejamento comoveu o mundo
A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, recebeu 99 chibatadas por causa de uma fotografia publicada no jornal britânico The Times em que uma mulher, que autoridades do Irã dizem ser ela, aparece com o rosto descoberto – algo proibido pelas leis islâmicas.
A informação foi publicada neste domingo (5) pelo jornal americano The New York Times, que citou como fonte um advogado dela, Javid Kian. A rede americana CNN e a agência de notícias Associated Press também divulgaram a notícia.
Segundo o advogado, o castigo foi executado na prisão de Tibriz, no norte do Irã, onde ela está detida. Sakineh responde pelos crimes de adultério e pelo assassinato de seu marido, em 2004, em cumplicidade com seu suposto amante e um irmão dele.
Kian disse ao The New York Times que não tem contato com Sakineh desde o dia 11 de agosto, quando, segundo ele, a iraniana foi coagida a gravar um vídeo em que admite participação na morte do marido. Mas o advogado afirmou ter sido informado por uma das duas mulheres que estão com ela na prisão de que o castigo de 99 chibatadas já foi aplicado.
A CNN disse ter falado com o filho de Sakineh, Sajad Ghaderzadeh, de 22 anos, que também afirmou ter recebido informações de dentro da prisão sobre o castigo aplicado à mãe.
Após a publicação da fotografia, o jornal britânico The Times divulgou que havia se enganado e fez um pedido de desculpas. Informou ainda que, na verdade, a foto publicada pertencia a outra mulher: Susan Herjat, uma iraniana que vive no exílio na Suécia. Em entrevista ao jornal americano, Susan confirmou que a foto é dela.
Caso mobiliza autoridades em todo o mundo
O caso de Sakineh comoveu o mundo todo, e até mesmo o Brasil entrou na polêmica contra a pena de apedrejamento dada a ela pela Justiça iraniana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a oferecer asilo humanitário à iraniana, mas o governo da república islâmica negou essa possibilidade, dizendo não querer enviar “criminosos” para o país - que se tornou seu aliado recentemente por causa do contestado programa nuclear do Irã.
Além de Lula, a secretária de Estado americana, Hillary Clinto, a primeira-dama da França, Carla Bruni, e outras autoridades também se manifestaram contra a punição. O Vaticano também afirmou estar trabalhando contra o apedrejamento de Sakineh, mas evitou criticar o Irã.
A pena foi suspensa temporariamente, mas o filho e seus defensores acreditam que ela pode ser enforcada após o fim do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos.
Kian afirmou que as autoridades do Irã estão usando a fotografia para pressionar Sakineh e seus apoiadores. Ele disse acreditar que as chibatadas têm como objetivo dar um alerta à sua família e aos jornalistas locais que possam publicar reportagens sobre o caso.
- [O objetivo] é espalhar o medo de maneira que eles [jornalistas] não falem, e manter a boca da família fechada.
A informação foi publicada neste domingo (5) pelo jornal americano The New York Times, que citou como fonte um advogado dela, Javid Kian. A rede americana CNN e a agência de notícias Associated Press também divulgaram a notícia.
Segundo o advogado, o castigo foi executado na prisão de Tibriz, no norte do Irã, onde ela está detida. Sakineh responde pelos crimes de adultério e pelo assassinato de seu marido, em 2004, em cumplicidade com seu suposto amante e um irmão dele.
Kian disse ao The New York Times que não tem contato com Sakineh desde o dia 11 de agosto, quando, segundo ele, a iraniana foi coagida a gravar um vídeo em que admite participação na morte do marido. Mas o advogado afirmou ter sido informado por uma das duas mulheres que estão com ela na prisão de que o castigo de 99 chibatadas já foi aplicado.
A CNN disse ter falado com o filho de Sakineh, Sajad Ghaderzadeh, de 22 anos, que também afirmou ter recebido informações de dentro da prisão sobre o castigo aplicado à mãe.
Após a publicação da fotografia, o jornal britânico The Times divulgou que havia se enganado e fez um pedido de desculpas. Informou ainda que, na verdade, a foto publicada pertencia a outra mulher: Susan Herjat, uma iraniana que vive no exílio na Suécia. Em entrevista ao jornal americano, Susan confirmou que a foto é dela.
Caso mobiliza autoridades em todo o mundo
O caso de Sakineh comoveu o mundo todo, e até mesmo o Brasil entrou na polêmica contra a pena de apedrejamento dada a ela pela Justiça iraniana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a oferecer asilo humanitário à iraniana, mas o governo da república islâmica negou essa possibilidade, dizendo não querer enviar “criminosos” para o país - que se tornou seu aliado recentemente por causa do contestado programa nuclear do Irã.
Além de Lula, a secretária de Estado americana, Hillary Clinto, a primeira-dama da França, Carla Bruni, e outras autoridades também se manifestaram contra a punição. O Vaticano também afirmou estar trabalhando contra o apedrejamento de Sakineh, mas evitou criticar o Irã.
A pena foi suspensa temporariamente, mas o filho e seus defensores acreditam que ela pode ser enforcada após o fim do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos.
Kian afirmou que as autoridades do Irã estão usando a fotografia para pressionar Sakineh e seus apoiadores. Ele disse acreditar que as chibatadas têm como objetivo dar um alerta à sua família e aos jornalistas locais que possam publicar reportagens sobre o caso.
- [O objetivo] é espalhar o medo de maneira que eles [jornalistas] não falem, e manter a boca da família fechada.
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