Por: Yuri Bittar
Estive pensando em como me tornei fotógrafo, em como tomei a imagem parte essencial da minha vida. Fotografia é uma das minhas paixões e penso que se pudesse fazer apenas uma coisa seria fotografar o dia todo. Às vezes não fotografo muito, mas não por falta de vontade, mas sim por falta de tempo. Mas mesmo assim não deixo de exercitar o olhar.
Tenho pensado nos motivos que nos levam a querem registrar uma imagem, e o que leva uma pessoa a fazer disso sua principal atividade. Acabo chegando á pergunta; como nasce um fotógrafo? Ao contrário de muitos colegas, não me interessei pela fotografia muito cedo. Na minha família sempre havia uma “maquininha” por perto e sempre registramos nossas viagens e passeios. Eu mesmo tirava fotos de vez em quando, mas de maneira desinteressada, sem pensar no que fazia. Eu demorei muito para querer uma câmera para mim. Foi assim até o dia em que senti falta da fotografia, no dia em que me deparei com uma situação que merecia muito ser registrada, mas não havia uma câmera.
Foi numa viagem que fiz, quando tinha uns 16 anos, pela serra, de São Paulo até Itanhaém a pé! Uma viagem muito legal, de dois dias imersos na mata atlântica. Fomos em mais ou menos 20 pessoas, e acredite, ninguém levou uma câmera. Passamos por lugares lindos, em especial uma piscina natural, de uns 4 metros de profundidade, e uns 5 de diâmetro, com uma pequena cascata, e uma água tão transparente que era praticamente invisível, um dos lugares mais bonitos que eu já vi, e que ficou apenas na minha memória. Também tivemos contato com uma tribo indígena, onde muitos habitantes não falavam o português e encontramos também um soldado do exército, sozinho, fazendo teste de sobrevivência, passando dias na mata apenas com uma faca. E mais ainda outros lugares incríveis e muitos animais. Bom, resultado disso é que passei a viagem toda me lamentando e cheguei a conclusão de que deveria ter uma câmera.
Não muito tempo depois disso, consegui comprar uma maquininha da Kodak, uma Star 535, até boa para os padrões amadores da época pois era automática, ou seja, o filme avançava sózinho, e com ela fiz fotos muito legais por alguns anos. Com 18 anos fiz uma viagem para São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e fiz algumas fotos que achei muito boas (essas ao lado) na época, e que me despertaram a vontade de fazer isso cada vez mais, e depois de alguns elogios, me surgiu a idéia de ser fotógrafo. Depois disso entrei na faculdade de Design, onde conheci a fotografia mais a fundo, e pouco tempo depois consegui um emprego como fotógrafo numa revista. Mas daí pra frente é outra história.
Sei que muitos colegas meus começaram de outras maneiras, por exemplo, ao ver uma boa foto, ou por querer fotografar mulheres nuas, ou porque tinha algum parente fotógrafo, etc. Mas o importante, é que num certo dia, a fotografia nos pega, e depois não larga mais. Creio que uma vês fotógrafo, ninguém deixa de ser fotógrafo.
Até mais e fotografem sempre !
1 comentários:
HÁ CONSELHOS
Amadores amem sem dores
Poetas escrevam as cores
Fotógrafos
Fotografem
Fotografem
Fotografem
...ou como profissional ou "amador" não dá pra parar...
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