Fonte: Uol
Guilherme Carâmes Tiburtius
Foto: Divulgação
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A Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba, abriu suas portas para uma exposição incomum: a de retratos de crianças desaparecidas. Expostas aos pares, as imagens mostram, de um lado, uma foto da criança na época em que ela desapareceu. E ao lado, outra foto, envelhecida digitalmente, de como ela seria quando adulta.
A exposição atende a dois objetivos. O primeiro é divulgar as imagens de crianças que desapareceram das vistas de seus pais e cujas buscas continuam sendo feitas há anos pela Polícia Civil do Paraná. Segundo os responsáveis pelas investigações, o retorno de ações como essa é sempre bastante positivo.
“Todas as vezes que divulgamos um novo cartaz ‘antes’ e ‘depois’ com fotos de crianças desaparecidas ficamos impressionados com a quantidade de pessoas que nos procuram para dar informações”, disse à reportagem do UOL Notícias a delegada titular do Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas), Ana Claudia Machado.
O processo de progressão e envelhecimento digital é feito a partir da reunião de todas as fotografias disponíveis da criança desaparecida. Depois são incluídas imagens dos pais, em diversas idades. Em seguida é traçado um estudo do perfil da cabeça. É então elaborada a evolução do rosto até a data ou idade pretendida.
O segundo objetivo da exposição é orientar sobre como evitar novas ocorrências desse crime e o que fazer quando ele acontece. Os visitantes recebem um exemplar do gibi “Turminha da Segurança”, cujos personagens –João Esperto, Bia Sabida, Kara Atento e Zé Prudente– dão dicas de segurança ao público infanto-juvenil. O gibi contém adesivos com telefones de emergência e denúncia.
Não ao esquecimento
“O envelhecimento digital é, hoje, a única forma de termos uma fisionomia atualizada da criança desaparecida”, afirmou Arlete Ivone Caramês (67), mãe de Guilherme Caramês Tiburtius, cujo desaparecimento está fazendo 20 anos.
Guilherme sumiu em 17 de junho de 1991, quando andava de bicicleta em frente de casa, em Curitiba. O menino tinha oito anos. Desde então Arlete tem vivido em razão de encontrar o filho.
Ela fundou uma ONG e entrou para a política. Cumpriu mandato como vereadora de Curitiba (2000 a 2002) e como deputada estadual (2003 a 2006). Chegou a ser acusada de usar o caso do filho para se promover eleitoralmente.
Arlete diz não se importar com isso. “As famílias não devem desistir nunca, precisam se empenhar e cobrar das autoridades o que for possível para as buscas não pararem”, disse. “Caso contrário, o caso cai no esquecimento.”
A exposição fica aberta até 15 de março, de segunda a sexta, das 8h às 20h, no hall da Biblioteca Pública do Paraná (Rua Cândido Lopes, 133, centro de Curitiba). A entrada é gratuita.
A exposição atende a dois objetivos. O primeiro é divulgar as imagens de crianças que desapareceram das vistas de seus pais e cujas buscas continuam sendo feitas há anos pela Polícia Civil do Paraná. Segundo os responsáveis pelas investigações, o retorno de ações como essa é sempre bastante positivo.
“Todas as vezes que divulgamos um novo cartaz ‘antes’ e ‘depois’ com fotos de crianças desaparecidas ficamos impressionados com a quantidade de pessoas que nos procuram para dar informações”, disse à reportagem do UOL Notícias a delegada titular do Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas), Ana Claudia Machado.
O processo de progressão e envelhecimento digital é feito a partir da reunião de todas as fotografias disponíveis da criança desaparecida. Depois são incluídas imagens dos pais, em diversas idades. Em seguida é traçado um estudo do perfil da cabeça. É então elaborada a evolução do rosto até a data ou idade pretendida.
O segundo objetivo da exposição é orientar sobre como evitar novas ocorrências desse crime e o que fazer quando ele acontece. Os visitantes recebem um exemplar do gibi “Turminha da Segurança”, cujos personagens –João Esperto, Bia Sabida, Kara Atento e Zé Prudente– dão dicas de segurança ao público infanto-juvenil. O gibi contém adesivos com telefones de emergência e denúncia.
Não ao esquecimento
“O envelhecimento digital é, hoje, a única forma de termos uma fisionomia atualizada da criança desaparecida”, afirmou Arlete Ivone Caramês (67), mãe de Guilherme Caramês Tiburtius, cujo desaparecimento está fazendo 20 anos.
Guilherme sumiu em 17 de junho de 1991, quando andava de bicicleta em frente de casa, em Curitiba. O menino tinha oito anos. Desde então Arlete tem vivido em razão de encontrar o filho.
Ela fundou uma ONG e entrou para a política. Cumpriu mandato como vereadora de Curitiba (2000 a 2002) e como deputada estadual (2003 a 2006). Chegou a ser acusada de usar o caso do filho para se promover eleitoralmente.
Arlete diz não se importar com isso. “As famílias não devem desistir nunca, precisam se empenhar e cobrar das autoridades o que for possível para as buscas não pararem”, disse. “Caso contrário, o caso cai no esquecimento.”
A exposição fica aberta até 15 de março, de segunda a sexta, das 8h às 20h, no hall da Biblioteca Pública do Paraná (Rua Cândido Lopes, 133, centro de Curitiba). A entrada é gratuita.
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