Fonte: Super Notícia
Uma câmera fotográfica nas mãos pode ser muito mais eficaz que uma arma de fogo, até mesmo durante um assalto. Foi o que constatou um fotógrafo alemão que veio passar férias em Belo Horizonte e, com seus cliques e flashes, colocou três ladrões armados para correr. O fato aconteceu na manhã de ontem, durante um assalto com reféns em uma luxuosa mansão no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha. As imagens, segundo a polícia, podem ajudar na identificação dos suspeitos. O fotógrafo, de 60 anos, que pede para ser identificado aqui apenas como Bernard, conta que em toda a sua carreira nunca viveu algo parecido.
Tudo começou por volta das 11h de ontem, quando três criminosos entraram na mansão do irmão de Bernard, na rua Cecília. Segundo o soldado Júlio César, do 34º Batalhão, eles aproveitaram que o serralheiro estava trabalhando no portão da casa e renderam o homem e o ajudante. Em seguida, entraram na casa e renderam a empregada. Um deles estava com um revólver, outro estava com um facão. O terceiro carregava a marreta usada pelo serralheiro no conserto do portão. "Eu estava na sala, tinha acabado de desligar o telefone quando vi aqueles três homens entrando. Um deles falou baixinho para eu ficar quietinha e me perguntou se tinha mais alguém na casa", contou a empregada.
A funcionária, em princípio, disse que não tinha ninguém, mas, com medo do pior, contou que o patrão, um também fotógrafo alemão, estava no escritório. Ele também foi rendido. Todos foram levados para um quarto, sob ameaças de morte. "A todo tempo eles pediam dólares e joias e ameaçavam matar e cortar os dedos do meu patrão", contou a empregada. Enquanto os criminosos pegavam objetos de valor na residência, a dona da casa, uma ex-modelo de 38 anos, chegava ao local com o cunhado, o fotógrafo Bernard. Eles tinham ido ao mercado.
"Parei meu carro em frente à casa e achei estranho o portão fechado e a bolsa do serralheiro do lado de fora. Liguei para minha casa. A empregada atendeu e achei a voz dela estranha. Perguntei se tinha ladrão lá e ela respondeu ‘então tá’. Disse a ela que chamaria a polícia e ela respondeu ‘então tá’ e desligou", relatou.
Do lado de fora, a mulher ligou para o 190. "Eles (polícia) me perguntavam muita coisa. Pareciam não acreditar em mim. Demoraram muito. Enquanto isso, eu ficava ligando para amigos em busca de ajuda".
Foram 30 minutos de muita tensão, dentro e do lado de fora da casa. Em um dado momento, os criminosos trancaram as vítimas no quarto e levaram os objetos de valor, como uma coleção de relógios Armani, vários anéis de ouro, além de eletrônicos. "Eles me perguntaram de quem era aquele carro parado do lado de fora e eu disse que era da minha patroa", disse a empregada.
Quando os ladrões saíram, seguiram em direção ao carro. "Comecei a fotografar. Eles tentaram abrir a porta do motorista e depois saíram correndo em direção a um carro verde, onde havia um comparsa esperando", relatou Bernard, que foi atrás fotografá-los enquanto corriam.
"Ficamos com medo, mas, ao mesmo tempo, queríamos resolver a situação, já que a polícia não chegava. Os bandidos levaram nossas coisas, mas, pelo menos, foram embora", afirmou a cunhada. Os militares chegaram minutos após a fuga dos ladrões.
Abalado, o dono da casa e irmão do fotógrafo Bernard não quis comentar o assunto. Com medo, a mulher dele pediu que os nomes não fossem divulgados.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Ladrões armados fogem de flashes de fotógrafo alemão
Publicado por
Deborah Silva
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Notícias
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