Fonte: Roberta Tavares
Photo Magazine
A Magnum será indiscutivelmente conhecida como a agência pioneira, investindo em uma nova ferramenta capaz de sistematizar a então área ocupada pelo fotojornalismo, desacreditada em viabilidade, no intuito de lidar com agravantes como escassez de recursos e ausência de rentabilidade. Apostaram no coletivo, na cobertura simultânea, produzindo diferentes e poderosas narrativas visuais ocorrendo em remotos lugares onde a História seria contada. E a fórmula fez história.
Desde que conheci o trabalho da agência americana Prime e de seus membros, volto a essas retóricas ancestrais que motivaram Henri Cartier-Bresson, Robert Capa e tantas outras lendas do fotojornalismo, e que continuam sendo a causa principal. Porém, e felizmente, em um guia atualizado, cumprindo um nicho importante em uma nova era da fotografia documental, evidentemente mais competitiva e progressiva.
A Prime foi fundada no início de 2011 e, sem um ano sequer de fundação, já está experimentando significativa repercussão e holofotes, com participação em prestigiados festivais e prêmios cobiçados no meio. Consequência: tornou-se um dos principais alvos de grandes publicações como New York Times, Observer, Washington Post, The Wall Street Journal, The Sun, BBC, GEO, The Guardian, Getty Images e clientes como CNN, Coca-Cola, Panasonic, Volkswagen, entre outros. Vem cumprindo seu papel, honrando o título de uma das mais promissoras apostas nesta nova geração de modelos cooperativos no ramo da fotografia.
A razão dessa notoriedade poderia recair na organização e no poderoso marketing com o qual se armaram. Mas há uma explicação mais simples: Lance Rosenfield, Melanie Burford, Brendan Hoffman, Max Whittaker, Charlie Mahoney, Dominic Bracco II, os seis integrantes, que se individualmente experimentaram carreiras sólidas, bem-sucedidas na batalha do campo freelancer, resolveram apostar na junção de abordagens, experiências e talentos emergentes na busca de valorizar não apenas nomes e estilos, mas focar no elemento básico em comum: o poder da imagem. A flexibilidade na narrativa de eventos, a dinamização do mercado e, prioritariamente, a liberdade e autonomia de investir em projetos pessoais que julguem importantes são ingredientes que aproximam inspiração de prática, o senso coletivo do senso de praticidade, usando ousadia e comprometimento como fórmula de se calcar um legado.
Leia a entrevista na versão impressa (nas bancas!)
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