Fonte: AP
O deficiente visual Juan Antonio Hernandez tenta tocar uma flor para saber, pelo calor, de que lado a luz está batendo. Apesar de não conseguir enxergar, ele está aprendendo a tirar fotos na fundação Ojos que Sienten (Olhos que Sentem), na Cidade do México.
Rodrigo Telon Yucute é outro dos 30 deficientes visuais que estão aprendendo a tirar fotografias na fundação. Ele era um soldado da guerrilha na Guatemala aos 22 anos quando a explosão de uma mina terrestre fez com que ele perdesse a visão e parte do braço esquerdo. 'Quando eu era jovem, achava interessante que as pessoas tiravam fotos para manter como lembrança. Gosto de tirar as minhas para compartilhar momentos com minha família e amigos, para que eles sintam como é minha vida', conta ele, hoje aos 51 anos.
Fundada há cinco anos pela fotógrafa mexicana Gina Badenoch, a instituição ensina os alunos com deficiência parcial ou total a expressar em fotos como eles percebem o mundo, usando a audição, o tato, o olfato e o paladar como ferramentas na hora de fotografar. 'Isso os ajuda a se sentir parte da sociedade de novo', afirma a fundadora
Fotos: Marco Ugarte
0 comentários:
Postar um comentário