Por: Prof. Enio Leite
Escola Focus
Ernst Haas, austríaco naturalizado norte americano. Se junta à Magnum em 1949 e a Revista Life em 1953. Haas estuda fotografia no Graphische Lehr und Versuchtenstalt, em Viena. A sua reportagem, publicada na Revista Heute, sobre o regresso dos prisioneiros de guerra a Viena é retomada pela revista Life e assegura-lhe a notoriedade imediata. Em suas mãos, a footgrafia se torna artes pláticas.
Em 1953, a Life publica Images of a Magic City (New York), o seu primeiro grande projecto a cores. Instala-se em Nova Iorque em 1960, onde expõe pela primeira vez no Museum of Modern Art em 1962, realizando no mesmo ano um programa de televisão The Art of Seeing para os canais públicos da cidade. O seu primeiro livro, The Creation, publicado em 1971, vende 300 mil exemplares.
Em 1972, começa o ensino de fotografia. Recebe diversas distinções, incluindo o Kulturpreis da Deutsche Gesellschaft fur die Photographie em 1972, o Leica Medla of Excellence e a Medalha de Ouro da Fundação Hasselblad em 1986. Ernst Haas esmerou-se em provar que fotos tremidas, desfocadas, também, tem beleza e estética inusitada. Sua sensibilidade na captação do movimento aproximou a fotografia da pintura impressionista e, por vezes, da abstrata.
Os planos juvenis de Ernst Haas de se tornar um pintor foram atropelados pela dura realidade da Segunda Guerra: nascido em Viena em 1921, acabou alistado ainda adolescente na aviação alemã e trabalhando na manutenção de aeroportos. Terminado o conflito, em meio a uma economia destroçada, trocou nove quilos de margarina por uma câmara Rolleiflex, passa a fotografar e começou a dar aulas para soldados norte-americanos em cursos organizados pela Cruz Vermelha.
Em pouco tempo, Haas fez uma exposição de seus trabalhos, também organizada pela Cruz Vermelha, e começou a colaborar com revistas como a alemã Heute e agências fotográficas como a Black Star. Em 1949, graças um ensaio sobre os prisioneiros de guerra austríacos, ficou internacionalmente conhecido. Foi convidado a trabalhar na revista norte-americana Life, sonho de qualquer fotógrafo da época, mas acabou optando por outro convite, a agencia Magnum que lhe oferecia maior liberdade.
Foi quando começou a fotografar em cores, para nunca mais parar. “Para mim a cor representa um desafio maior. Em preto e branco só existem tons de cinza; em cores, temos as combinações mais incríveis, com matizes delicados que podem ser aproveitados para obter profundidade ou relevo.”
Automaticamente, mudou de temas, deixando os resultados da guerra para trás e mudando-se para New York. “Os tempos cinzentos haviam terminado. Era uma nova primavera, e eu queria celebrar em cores a renovação dos tempos, cheio de novas esperanças.”
Morre de uma congestão cerebral em 1986.
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