Fonte: Folha
Dez anos depois dos ataques terroristas que destruíram as Torres Gêmeas, em Nova York, uma mostra tenta resgatar a memória do World Trade Center partindo de um olhar de São Paulo.
Não são fotografias só das torres, mas imagens em que elas aparecem como espécie de baliza do horizonte nova-iorquino, feitas por grandes nomes da fotografia paulista.
German Lorca, um dos 22 artistas da mostra, que começa hoje no Espaço Soma, fotografou as torres refletidas no capô de um Jaguar, espelho de poder que distorce as dimensões colossais delas.
Vistos de baixo, os prédios se tornam blocos geométricos que espetam o céu na fotografia de Ivan Shupikov. Viram também duas linhas retas por trás de cabos angulosos de uma ponte suspensa, na foto de Cristiano Quintino.
"Eles são todos caras que têm intimidade com o concreto e com o aço", diz o curador da mostra, Fernando Costa Netto. "A ideia era ser uma coisa de São Paulo para Nova York, duas cidades irmãs."
Na semana que vem, a mesma exposição estreia na 1500 Gallery, em Nova York.
Duas das imagens, feitas depois do 11 de Setembro, mostram a ausência das torres no "skyline" de Nova York. Destoam do resto do conjunto, feito entre os anos 80 e o dia em que os prédios vieram abaixo nos atentados.
Enquanto Claudio Versiani mostra o facho de luz que rasga o céu no lugar do WTC, Lufe Gomes mostra uma nuvem como se fosse um fantasma daqueles dois edifícios.
No resto das imagens, as torres se desdobram entre linhas avistadas na massa de concreto de Manhattan e promontório de onde se vê os circuitos cinzentos da cidade.
Numa delas, deixam uma pegada sobre o sul da ilha, duas sombras que se arrastam por cima de Nova York. (SILAS MARTÍ)
PHOTOS WTC 1973-2011
QUANDO de seg. a sex., das 10h às 18h; sáb., das 12h às 18h; até 17/9
ONDE Espaço Soma (r. Fidalga, 98, tel. 0/xx/11/3034-3177)
QUANTO grátis
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