Por: Prof. Enio Leite
O sonho de ter uma imagem fotográfica colorida com capacidade de registro semelhante ao do olho humano ainda está um pouco mais longe do que realmente parece.
Quem ainda não acredita, é só experimentar a vasta gama de tipos, marcas e novos lançamentos do mercado. Concluímos que todos atualmente são menos sensíveis a variação de fotoquímicos durante seu processamento, e alterações climáticas. Entretanto, o mistério continua: a fidelidade ás cores!
Desde que surgiu na Alemanha em 1870, a pedrinha no sapato da fotografia colorida sempre tem sido a sua incapacidade de reproduzir bem alguns matizes. Tons pastéis como, limão, rosa e laranja claros, marrons, cor de madeira, vernizes, superfícies e tecidos brilhantes e mesmo as cores puras em tons apagados, nem de longe se aproximavam ao real.
O fotógrafo se acostumou assim, talvez por nunca ter comparado uma foto lado a lado, com o original fotografado! Se o fizesse, ficaria intrigado com o tamanho do desvio. O assunto era tratado como uma limitação química dos materiais fotográficos, incapazes de registrar todo o universo de cores possíveis e suas combinações de luz.
Os fabricantes passaram então, a caprichar no ajuste dos filmes e dos sensores digitais para as quatro cores tidas como as mais fotografadas: VERMELHO, AZUL, VERDE E AMARELO. Foi daí que surgiu o termo VAVÁ, as boas cores para a fotografia.
De fato, incluir qualquer uma delas em uma mesma cena é certeza de saturação, contraste forte, além de compensar a péssima ótica das câmeras amadoras. O negócio era “Vender Cor”, a mais viva possível! Os profissionais, por outro lado, sentiram-se desagradados, pois essa festa de contraste e saturação prejudicava seus trabalhos. Os fabricantes, então, desenvolveram uma linha específica, tanto de filmes, quanto de parâmetros nos menus das câmaras digitais profissionais, mais calibradas para os tons tênues, com maior profundidade de cor, maior definição e mais adequada ao tipo de imagem que estes produzem. Atualmente as câmeras digitais reflex apresentam duas profundidades de cores: sRGB (8 bits de cor) e Adobe RGB (16 bits de cor). Quanto maior o número de bits, melhor será a reprodução das cores.
Incluir essas duas ou três dessas cores em suas imagens já é sinal de bons resultados, sem, contudo esquecer-se das regras básicas de composição fotográfica.
Antes de fotografar verifique se as configurações de parâmetros referentes ao estilo e otimização da cor, brilho e contraste estão de acordo com sua temática ou assunto bem como as respectivas condições da luz.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Cores Vavá
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Deborah Silva
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