Por: Jorge Carneti
Colaborador à convite da FinePhoto
Podemos dizer que o post de hoje é menos divertido do que os anteriores. Mergulhamos em uma parte um pouco mais teórica que as anteriores, porém, não menos importante.
As discussões sobre o que é uma boa fotografia e como fazê-la, sempre vem à tona quando falamos sobre este assunto. Além das técnicas que já aprendemos (distância focal, tempo de exposição e abertura do diafragma) existe outro fator que é muito importante na hora de tirar uma foto, ou mesmo avaliar a qualidade técnica da mesma. O nome disto é "fotometria".
Fotometria é o ato de calcular corretamente a quantidade correta de luz captada por sua câmera na hora do clique para sensibilizar o sensor. Existem aparelhos (fotômetros) que calculam automaticamente a luz do ambiente. Porém, não é necessário a compra de um, pois toda câmera fotográfica possui um fotômetro interno que ajuda muito neste cálculo. Não é recomendável que você deixe que sua câmera faça isto automaticamente, pois como as elas "enxergam" tudo em tons de cinza, ela vai calcular um valor intermediário dos tons (de luz), dando mais prioridade ao obturador para que a foto não saia tremida. Então, pode acontecer da sua foto estourar nos tons brancos (muita luz entrar) ou perder os detalhes nos tons escuros (pouca luz).
Mas como e quando fazer estes cálculos? É necessário primeiramente que você faça com que a câmera encontre o tom de luz perfeito. No caso dos tons cinzas que a câmera enxerga, o ideal é de 18% da luz. Isto ajuda o fotômetro da câmera a saber qual a luz ideal e não se confundir com as variações e os contrastes de tons. Esta medida é encontrada num "Gray Card" vendido em qualquer loja de fotografia. Porém, caso não tenha um, pode-se ajustar a câmera medindo em um tom verde, laranja ou mesmo na palma da mão, pois estes tons, quando transformados em cinza, se aproximam dos 18% do cartão. Após apontar a câmera para este tom, ajuste régua de EV (valor de exposição) para 0 (zero) e basta clicar suas fotos.
Nesta primeira foto estão cartões de diversas cores, nas quais me baseei para obter o cinza de 18%, incluindo o preto e o branco que mostram a diferença de uma boa fotometria.
Nesta foto em PB, ajustei minha régua de EV apontando a câmera para a cor preta. A câmera, então, regulou seus ajustes tomando o tom mais escuro da foto como referência. Logo, clareou todo o restante da imagem, estourando o branco e deixando o preto acinzentado.
Se fizermos o contrário, ajustarmos a câmera na cor branca, a câmera também fará o inverso e escurecerá toda a foto, deixando o branco com um tom acinzentado.
E como mencionado anteriormente, neste próximo caso, regulei a câmera com a referência do tom verde. Podemos notar claramente que o preto está preto, o branco não estourou, dando pra ver até mesmo os detalhes de um tom branco para o outro.
Claro que estes exemplos são apenas para um direcionamento, na hora de fotografar, para ser interpretado e não necessariamente obedecido à risca. Tudo depende do seu objetivo.
Muito complexo? Talvez sim, mas com o tempo isto vai se tornando normal e até mesmo um ato inconscientemente.
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