Fonte: Ethevaldo Siqueira
Jornal da Tarde
Primeiro você tira a foto. Depois, acerta o foco. Quem vê a caixa metálica tão simples não imagina que ela possa abrigar uma tecnologia revolucionária que, talvez, represente um salto equivalente àqueles representados pela da câmera Polaroid ou da foto digital.
Assim é a câmera Lytro, que utiliza um conceito totalmente diferente de registrar a imagem, baseado no campo de luz (ou Light Field), em que os raios luminosos são capturados por um sistema de sensores totalmente novo. Seu nome pode não ser dos mais felizes, mas seus resultados vão agradar a todos que gostam de fotos quase perfeitas.
Entre as incontáveis inovações apresentadas no Consumer Electronics Show (CES) de 2012, de Las Vegas, a câmera Lytro foi a vencedora do Last Gadget Standing, um dos prêmios para a maior inovação tecnológica da área da fotografia, votado e definido pelos visitantes como de maior impacto em suas vidas.
O grande diferencial da Lytro é permitir que o usuário aprimore o resultado final depois de capturar a cena, quando tudo já estaria definido e irreversível para as câmeras convencionais. Desse modo, a câmera Lytro evita a perda de fotos por falta de foco ou de nitidez, mesmo no caso de fotos feitas com pouquíssima luminosidade. Depois do clique, a câmera armazena as imagens com todas as cores e formas e, só então, o usuário começa a corrigir o foco e todos os detalhes.
A câmera revolucionária foi inventada por Ren Ng (pronuncia-se Ing), pós-graduado da Universidade de Stanford, nascido na Malásia, hoje com 35 anos. Ele desenvolveu sensores que captam milhões de raios de luz, num trabalho equivalente ao de supercomputadores.
Ren Ng acaba de fundar sua empresa, a Lytro Co., de Redwood, Califórnia, e transformar seu invento em produto comercial, ao lançar a câmera no CES de 2012. O preço de lançamento não parece nada absurdo: US$ 399. Quem quiser entender melhor os fundamentos científicos dessa câmera, pode visitar o site www.lytro.com.
A ideia da fotografia de campo de luz não é nova. Outras empresas, incluindo a Adobe e a Pelican Imaging, de Mountain View, tentaram sem sucesso chegar aos mesmos resultados que Ren Ng. Além de tirar fotos com uma rapidez incrível, a câmera pode usar a informação do campo de luz para criar imagens tridimensionais (3D) e com mais dados.
Tudo isso soa como algo mágico, dizem os fotógrafos mais experientes. Mas, na realidade, como funciona? A premissa básica da câmera de campo de luz é coletar todos os dados sobre a luz visível no campo de visão da câmera para que o software possa manipular a foto mais tarde.
Ren Ng explica que, enquanto o conceito era usado no passado para criar imagens como as dos efeitos especiais de “bala do tempo” no filme Matrix, era necessária uma sala cheia de câmeras e a potência computacional de um supercomputador. Utilizando um óptica especial e sensores, a câmera Lytro reproduz toda essa técnica em um dispositivo portátil e simples.
Na descrição do inventor, “as fotos tradicionais não nos contam a história completa; considere que a totalidade da luz que entra através da lente da câmera é muito mais do que a da foto.” E mais: “O campo de luz é toda informação adicional que é perdida numa foto comum, tradicional. Quando nós registramos toda essa informação, isso nos permite atuar com o software após o fato (a captura da imagem).”
O que acontece “após o fato” é o pulo do gato, a grande novidade: uma vez capturados os dados do campo de luz, os algoritmos da Lytro podem fazer truques impressionantes. O primeiro e maior deles é ajustar o foco em qualquer ponto em que o observador desejar.
Efeito
Se o leitor quiser ter uma ideia de como funciona na prática a nova fotografia baseada no campo de luz, pode usar o link específico www.lytro.com) e clicar duas vezes com a tecla esquerda do mouse. Cada trecho da foto ganha foco, mesmo os que estão no fundo.
A tecnologia de campo de luz também pode ser usada em fotos tridimensionais. Nesse caso, o processo funciona de forma semelhante, com as informações completas do campo de luz, que podem ser manipuladas por software, de modo que uma cena deve aparecer como se tivesse sido fotografada por duas câmeras.
Aliás, é dessa forma que são feitas as fotos 3D, com informação para o olho esquerdo e para o olho direito. Os algoritmos separam a luz de cada olho, do lado esquerdo e do direito da câmera, para criar o efeito 3D. E melhor ainda: a câmera de campo de luz consegue aprimorar a qualidade das fotos tridimensionais.
Jornal da Tarde
A Lytro, câmera inventada por Ren Ng, foi lançada na CES Las Vegas e chega ao mercado com custo de US$ 399
Foto: SEACEM
Primeiro você tira a foto. Depois, acerta o foco. Quem vê a caixa metálica tão simples não imagina que ela possa abrigar uma tecnologia revolucionária que, talvez, represente um salto equivalente àqueles representados pela da câmera Polaroid ou da foto digital.
Assim é a câmera Lytro, que utiliza um conceito totalmente diferente de registrar a imagem, baseado no campo de luz (ou Light Field), em que os raios luminosos são capturados por um sistema de sensores totalmente novo. Seu nome pode não ser dos mais felizes, mas seus resultados vão agradar a todos que gostam de fotos quase perfeitas.
Entre as incontáveis inovações apresentadas no Consumer Electronics Show (CES) de 2012, de Las Vegas, a câmera Lytro foi a vencedora do Last Gadget Standing, um dos prêmios para a maior inovação tecnológica da área da fotografia, votado e definido pelos visitantes como de maior impacto em suas vidas.
O grande diferencial da Lytro é permitir que o usuário aprimore o resultado final depois de capturar a cena, quando tudo já estaria definido e irreversível para as câmeras convencionais. Desse modo, a câmera Lytro evita a perda de fotos por falta de foco ou de nitidez, mesmo no caso de fotos feitas com pouquíssima luminosidade. Depois do clique, a câmera armazena as imagens com todas as cores e formas e, só então, o usuário começa a corrigir o foco e todos os detalhes.
A câmera revolucionária foi inventada por Ren Ng (pronuncia-se Ing), pós-graduado da Universidade de Stanford, nascido na Malásia, hoje com 35 anos. Ele desenvolveu sensores que captam milhões de raios de luz, num trabalho equivalente ao de supercomputadores.
Ren Ng acaba de fundar sua empresa, a Lytro Co., de Redwood, Califórnia, e transformar seu invento em produto comercial, ao lançar a câmera no CES de 2012. O preço de lançamento não parece nada absurdo: US$ 399. Quem quiser entender melhor os fundamentos científicos dessa câmera, pode visitar o site www.lytro.com.
A ideia da fotografia de campo de luz não é nova. Outras empresas, incluindo a Adobe e a Pelican Imaging, de Mountain View, tentaram sem sucesso chegar aos mesmos resultados que Ren Ng. Além de tirar fotos com uma rapidez incrível, a câmera pode usar a informação do campo de luz para criar imagens tridimensionais (3D) e com mais dados.
Tudo isso soa como algo mágico, dizem os fotógrafos mais experientes. Mas, na realidade, como funciona? A premissa básica da câmera de campo de luz é coletar todos os dados sobre a luz visível no campo de visão da câmera para que o software possa manipular a foto mais tarde.
Ren Ng explica que, enquanto o conceito era usado no passado para criar imagens como as dos efeitos especiais de “bala do tempo” no filme Matrix, era necessária uma sala cheia de câmeras e a potência computacional de um supercomputador. Utilizando um óptica especial e sensores, a câmera Lytro reproduz toda essa técnica em um dispositivo portátil e simples.
Na descrição do inventor, “as fotos tradicionais não nos contam a história completa; considere que a totalidade da luz que entra através da lente da câmera é muito mais do que a da foto.” E mais: “O campo de luz é toda informação adicional que é perdida numa foto comum, tradicional. Quando nós registramos toda essa informação, isso nos permite atuar com o software após o fato (a captura da imagem).”
O que acontece “após o fato” é o pulo do gato, a grande novidade: uma vez capturados os dados do campo de luz, os algoritmos da Lytro podem fazer truques impressionantes. O primeiro e maior deles é ajustar o foco em qualquer ponto em que o observador desejar.
Efeito
Se o leitor quiser ter uma ideia de como funciona na prática a nova fotografia baseada no campo de luz, pode usar o link específico www.lytro.com) e clicar duas vezes com a tecla esquerda do mouse. Cada trecho da foto ganha foco, mesmo os que estão no fundo.
A tecnologia de campo de luz também pode ser usada em fotos tridimensionais. Nesse caso, o processo funciona de forma semelhante, com as informações completas do campo de luz, que podem ser manipuladas por software, de modo que uma cena deve aparecer como se tivesse sido fotografada por duas câmeras.
Aliás, é dessa forma que são feitas as fotos 3D, com informação para o olho esquerdo e para o olho direito. Os algoritmos separam a luz de cada olho, do lado esquerdo e do direito da câmera, para criar o efeito 3D. E melhor ainda: a câmera de campo de luz consegue aprimorar a qualidade das fotos tridimensionais.
0 comentários:
Postar um comentário