Fonte: Notícias.Sapo
A foto de Samuel Aranda, tirada dentro de uma mesquita utilizada como hospital durante os confrontos entre polícia e manifestantes contrários ao regime do presidente Ali Abdullah Saleh, serviu de retrato simbólico da Primavera Árabe que inundou o Médio Oriente no ano passado, de acordo com o comunicado publicado pelo júri do prêmio.
"É uma fotografia que fala em nome de toda uma região. Representa o Iémen, o Egito, a Tunísia, a Líbia, a Síria, por tudo o que aconteceu na Primavera Árabe. Mas mostra um lado privado, íntimo, do que se passou. E mostra o papel que as mulheres tiveram, não apenas como prestadoras de cuidados, mas como pessoas ativas no movimento", escreveu Koyo Kouoh, um dos elementos do júri.
A viver em Tunes atualmente, Samuel Aranda disse ao site 20minutos.es que ficou contente com a distinção e que se olhasse mais para o Iémen, um ano depois da revolução: "Eu que estive em várias revoluções árabes (Líbia, Egito) posso dizer que esta é a mais cívica. São verdadeiros civis a rebelar-se contra a ditadura. Agora o presidente está em Nova Iorque a viver num hotel de cinco estrelas e a transição vai ser um teatro, uma encenação".
Questionado sobre o que gostaria de fotografar a seguir, Samuel Aranda diz querer captar a revolução em Espanha, "ser testemunha de que os jovens se levantam de uma vez por todas, que façamos algo parecido com o que foi feito na Islândia", disse à publicação online espanhola onde Aranda começou por publicar os seus trabalhos no início de carreira.
Samuel Aranda, 33 anos, ex-fotógrafo da AFP, realizava um trabalho no Iémen para o jornal New York Times quando tirou a foto vencedora. Vai receber um prémio de 13.000 dólares (cerca de 10 mil euros) e uma câmara Canon de última geração.
O fotógrafo da AFP Yasuyoshi Chiba, conseguiu alcançar, por sua vez, o primeiro prémio na categoria "People in the News Singles", pelas suas imagens dos dias posteriores ao tsunami no Japão. Massoud Hossaini e Pedro Pardo, também da AFP, ficaram, respectivamente, com o segundo e terceiro lugar nas correspondentes categorias.
Hosaini conseguiu o segundo prémio na categoria "Spot News Singles" pela foto posterior a uma explosão numa cerimónia religiosa em Cabul, e Pardo obteve o terceiro lugar na "Contemporary Issues Stories" pelo seu trabalho sobre a guerra de cartéis de droga mexicanos em Acapulco.
De acordo com os organizadores, os 19 membros do júri passaram as últimas duas semanas a analisar as mais de 100 mil fotografias a concurso, tiradas por mais de 5 mil fotógrafos de 124 países.
Uma exposição itinerante com as fotografias premiadas vai ser inaugurada em Amsterdão no dia 20 de abril, e depois vai viajar por mais de 100 cidades de todo o mundo a partir de junho.
Criado em 1955, o World Press Photo pretende 'favorecer os padrões de qualidade mais altos no fotojornalismo e promover a livre troca de informações'.
Foto: Samuel Aranda
A foto de Samuel Aranda, tirada dentro de uma mesquita utilizada como hospital durante os confrontos entre polícia e manifestantes contrários ao regime do presidente Ali Abdullah Saleh, serviu de retrato simbólico da Primavera Árabe que inundou o Médio Oriente no ano passado, de acordo com o comunicado publicado pelo júri do prêmio.
"É uma fotografia que fala em nome de toda uma região. Representa o Iémen, o Egito, a Tunísia, a Líbia, a Síria, por tudo o que aconteceu na Primavera Árabe. Mas mostra um lado privado, íntimo, do que se passou. E mostra o papel que as mulheres tiveram, não apenas como prestadoras de cuidados, mas como pessoas ativas no movimento", escreveu Koyo Kouoh, um dos elementos do júri.
A viver em Tunes atualmente, Samuel Aranda disse ao site 20minutos.es que ficou contente com a distinção e que se olhasse mais para o Iémen, um ano depois da revolução: "Eu que estive em várias revoluções árabes (Líbia, Egito) posso dizer que esta é a mais cívica. São verdadeiros civis a rebelar-se contra a ditadura. Agora o presidente está em Nova Iorque a viver num hotel de cinco estrelas e a transição vai ser um teatro, uma encenação".
Questionado sobre o que gostaria de fotografar a seguir, Samuel Aranda diz querer captar a revolução em Espanha, "ser testemunha de que os jovens se levantam de uma vez por todas, que façamos algo parecido com o que foi feito na Islândia", disse à publicação online espanhola onde Aranda começou por publicar os seus trabalhos no início de carreira.
Samuel Aranda, 33 anos, ex-fotógrafo da AFP, realizava um trabalho no Iémen para o jornal New York Times quando tirou a foto vencedora. Vai receber um prémio de 13.000 dólares (cerca de 10 mil euros) e uma câmara Canon de última geração.
O fotógrafo da AFP Yasuyoshi Chiba, conseguiu alcançar, por sua vez, o primeiro prémio na categoria "People in the News Singles", pelas suas imagens dos dias posteriores ao tsunami no Japão. Massoud Hossaini e Pedro Pardo, também da AFP, ficaram, respectivamente, com o segundo e terceiro lugar nas correspondentes categorias.
Hosaini conseguiu o segundo prémio na categoria "Spot News Singles" pela foto posterior a uma explosão numa cerimónia religiosa em Cabul, e Pardo obteve o terceiro lugar na "Contemporary Issues Stories" pelo seu trabalho sobre a guerra de cartéis de droga mexicanos em Acapulco.
De acordo com os organizadores, os 19 membros do júri passaram as últimas duas semanas a analisar as mais de 100 mil fotografias a concurso, tiradas por mais de 5 mil fotógrafos de 124 países.
Uma exposição itinerante com as fotografias premiadas vai ser inaugurada em Amsterdão no dia 20 de abril, e depois vai viajar por mais de 100 cidades de todo o mundo a partir de junho.
Criado em 1955, o World Press Photo pretende 'favorecer os padrões de qualidade mais altos no fotojornalismo e promover a livre troca de informações'.
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