Câmera Canon 1D-X: a nova unidade receberá investimento de 110 milhões de ienes, cerca de R$ 2,8 milhões
A fabricante japonesa Canon vai reforçar sua estratégia de expansão no mercado brasileiro de câmeras digitais, com a instalação de uma fábrica em Manaus. Será a primeira unidade industrial da companhia fora da Ásia. Atualmente, a empresa produz câmeras em sete unidades, sendo quatro no Japão e as demais na China, na Malásia e em Taiwan.
A nova unidade será instalada com investimento próprio de 110 milhões de ienes (R$ 2,78 milhões). A fábrica terá 1,8 mil metros quadrados e vai empregar 60 pessoas. A companhia não divulga qual será a capacidade de produção em Manaus. A previsão é iniciar a montagem das câmeras em julho de 2013. Para dar suporte à operação no país, a Canon criou uma nova empresa, a Canon Indústria de Manaus, com capital de 210 milhões de ienes (R$ 5,32 milhões).
A companhia japonesa informou ao Valor, por meio de sua assessoria de imprensa, que a produção no Brasil faz parte da estratégia global de fortalecer a atuação em países emergentes, que apresentam as maiores taxas de crescimento no consumo de câmeras digitais. O país, segundo a Canon, é atualmente o quarto maior mercado de câmeras digitais do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e do Japão.
No ano passado, segundo dados da consultoria GfK Retail and Technology, as vendas totais de câmeras digitais no país aumentaram 28%, para 5,5 milhões de unidades. Para este ano, a Canon estima vendas de 8 milhões de equipamentos de todas a marcas.
O plano inicial da Canon é montar no Brasil câmeras digitais compactas. A empresa não divulgou a estimativa de produção e de vendas no país. Em entrevista recente ao Valor, Kaoru Ono, diretor comercial da Canon, afirmou que a fabricante ocupa a nona colocação em vendas de câmeras digitais compactas no país, e tem como meta alcançar a liderança nesse segmento no prazo de dois anos.
Para elevar a participação de mercado, a Canon considerou necessário incrementar a oferta de produtos no país a custos competitivos. A produção na Zona Franca de Manaus, que oferece benefícios fiscais a fabricantes de eletroeletrônicos, permitirá à empresa acirrar a competição com companhias que já mantêm fábricas no Brasil, como Samsung, LG, Fujifilm e Panasonic. A japonesa Nikon, que atuava por meio de distribuidores no Brasil, abriu uma subsidiária direta no ano passado. Na época, a empresa anunciou que estudava instalar uma fábrica no país.
A Canon informou que estuda fabricar câmeras com lentes removíveis profissionais e semi-profissionais nos próximos anos.
O anúncio indica uma virada na estratégia da companhia para o mercado brasileiro. Durante anos, a Canon atuou de forma indireta no país, por meio das representantes Elgin e Opeco, que importavam alguns modelos do seu portfólio. No início deste ano, a empresa anunciou que passaria a atuar diretamente no país, com a importação e venda para o varejo de câmeras compactas e profissionais. Para isso, contratou 50 pessoas em áreas como marketing, vendas e administração, e desenvolveu estratégias para estimular as redes varejistas a adotar seus produtos.
Por: Cibelle Bouças
Fonte: Valor Econômico
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