A fotografia do nova-iorquino Arnold Newman estabeleceu novo conceito para o tema retratos
Fotógrafo norte-americano, Arnold Newman nasceu em Nova York, nos Estados Unidos da América, em 1918. Ainda no ensino secundário, recebe bolsa de estudo para estudar Artes na Universidade de Miami. Devido as suas dificuldades financeiras, passa a trabalhar num estúdio fotográfico e, alguns anos depois, em 1939, assume a gerência de um estúdio na Florida.
Sua carreira como retratista inicia somente em 1941. Ao expor as suas fotografias, consegue captar as atenções de Alfred Stieglitz, Beaumont Newhall e Ansel Adams para o seu trabalho. Cinco anos mais tarde, muda-se para Nova York e, com o apoio de Stieglitz e Newhall, é contratado pela revista Life para realizar um retrato de Eugene O'Neill e pela Harper's Bazar para fotografar Igor Stravinsky. É assim que inicia sua carreira com grandes publicações como a Life, a Fortune, The New York Times Magazine ou The New Yorker. Pablo Picasso, John F. Kennedy e Alfred Stieglitz foram algumas das personalidades do século XX que Newman retratou no seu estilo inconfundível.
Em 1954, enquanto viaja pela Europa, retrata o Parlamento inglês, os clãs escoceses, os líderes políticos alemães e o até o general De Gaulle.
Em 1957, recebe da Universidade de Miami, o Premio de Fotojornalismo. Em 1965 é convidado a ser consultor com o departamento de fotografia do Museu de Israel, em Jerusalém. Três anos mais tarde, passa a lecionar na Cooper Union, em Nova York. Durante a década de 70, produz uma exposição individual retrospectiva de três décadas de trabalho.
Graças à atribuição de uma bolsa especial concedida pela Kodak, em 1994, Newman pode doar um conjunto de 176 impressões suas à George Eastman House.
Na década de 90, participou na realização de workshops, organizado exposições e colaborado com diversas publicações.
Sua principal contribuição para a fotografia do século XX foi a de estabelecer um novo conceito para a fotografia de retratos. Pai dos “environmental portraits”, apesar de nunca ter concordado com este título, pois remete a uma mera simplificação do que ele realmente fazia. Seus retratos, de fato, não se resumiam apenas em colocar as pessoas em seu ambiente de trabalho.
Como outros fotógrafos famosos de seu tempo, Arnold Newmann estudou desenho e pintura. Mas teve que abandonar logo a Universidade de Miami por questões financeiras e mudou-se para a Filadélfia, onde trabalhou como fotógrafo em estudio de retratos de rede de lojas de departamentos. As fotos custavam 49 cents e ele recebia 16 dólares por semana. Esses dois momentos seriam determinantes em sua carreira; a noção impecável de composição e a capacidade de interagir com o fotografado.
A partir de então, a fotografia será o meio escolhido. Em 1939, dirige um estudio em West Palm Beach; em 1942 abre seu próprio estudio em Miami. Depois de um encontro com Alfred Stieglitz, muda-se definitivamente para Nova York, que na época fervilhava com artistas europeus refugiados da segunda grande guerra mundial.
Fotógrafo, não artista
Pintores, escultores, músicos, escritores, presidentes, lideres políticos, personalidades mundiais transcenderam por sua lente de modo único e seus retratos figuraram em publicações como Life, The New York Times, Newsweek, New Yorker, entre outras, para as quais sempre trabalhou como freelancer, sem vínculos.
Não apreciava fotografar celebridades superficiais e considerava arrogantes os fotógrafos que se intitulavam artistas. Faleceu em sua terra natal, Nova York, em junho de 2006 aos 88 anos.
Veja aqui fotos de Arnold Newman no Google!
Fonte: Enio Leite
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