Seja na fotografia publicitária ou na artística, trabalho deve ser bem feito.
Jovem não deve desprezar trabalhos para conseguir ascensão na carreira.
Sempre ligada à estética e às artes, Giovanna Nucci, 44 anos, encontrou como fotógrafa a realização. Há 14 anos, ela decidiu encerrar a carreira como estilista em Florianópolis e se mudou para São Paulo – logo ingressando em cursos de fotografia.
A vontade de fazer uma graduação, no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de São Paulo (Senac-SP), surgiu quando a tecnologia digital já dominava. Tudo para buscar mais repertório, mais informação. Hoje, Giovanna trabalha com moda, publicidade, arquitetura, tem estúdio próprio e frisa que a primeira atitude no trabalho é “procurar ser sério e honesto com o que estiver fazendo”.
“Costumo dizer que todo mundo escreve, mas nem todo mundo é poeta. Todo mundo tem câmera, mas nem todo mundo é fotógrafo. A profissão requer muita coisa”, diz ela. Confira a entrevista.
G1 – Como você decidiu fazer fotografia?
Giovanna Nucci – Eu era estilista em Florianópolis e já gostava de fotografia. E quando era menina, era eu que fazia o ‘book’ das amigas. Então, já tinha uma ligação grande com o assunto. Mesmo como estilista, sempre participava do processo de fotografar as coleções. Quase como uma diretora de arte.
G1 – Como foi a sua transição?
Giovanna – Há 14 anos vim para São Paulo e acabei fazendo um curso. Passei bem pela transição do analógico para o digital. Em 2000, já migrei para a tecnologia digital e abri um pequeno estúdio na garagem da minha casa. E fui trabalhando.
G1 – E quando você decidiu fazer a graduação?
Giovanna – Quando surgiu o digital, achei que precisava de muito mais instrução. Sempre gostei de mais informação. Quanto mais sabemos, mais argumentos temos para discutir. Foi então que mudei para um estúdio maior, ainda cursando a faculdade. E orientei meus trabalhos para publicidade.
G1 – É importante fazer faculdade?
Giovanna – A faculdade ensina caminhos. Minha biblioteca era uma, e hoje é outra. Ela quintuplicou de tamanho. Hoje, estou preparando um ensaio de nu, que é artístico, e já tem encomenda de uma clínica de dermatologia. Pelo ensino diferenciado, aprendi a buscar referências, a ir aos primeiros fotógrafos.
G1 – Qual a sua recomendação para quem quer trabalhar com fotografia?
Giovanna – A primeira coisa é procurar ser sério e honesto com o que estiver fazendo. Honesto no sentido mais literal. Se a pessoa quer ir para a fotografia comercial, deve conhecer o que o cliente quer. Se for para fotografia artística, a palavra continua sendo honestidade. É preciso ser correto com o que se quer transpor para a obra.
G1 – Na era digital, qualquer um pode fazer fotografias?
Giovanna – Costumo dizer que todo mundo escreve, mas nem todo mundo é poeta. Todo mundo tem câmera, mas nem todo mundo é fotógrafo. A profissão requer muita coisa.
G1 – Qual a principal diferença da passagem do analógico para o digital?
Giovanna – A agilidade é a maior diferença. E eu acho que a linguagem fotográfica empobreceu. Antes se elaborava muito mais. Hoje em dia, há um imediatismo na imagem, e muitos acabam se contentando com o que vê no LCD da câmera ou no computador.
G1 – O que você aconselha a um iniciante?
Giovanna – Seja assistente de quantos fotógrafos puder. Seja um excelente assistente, porque este é o melhor estágio. A faculdade sozinha não basta, é preciso a labuta. Se envolva por todas as áreas, que essa é a melhor maneira de aprender. E não rejeite trabalhos. O fotojornalismo, por exemplo, abriu a carreira de muitas pessoas. Se for fotografar uma festinha de criança, não julgue você o valor disso. Para o seu cliente, tudo é importante. Trate como se fosse fotografar o presidente da república. Só assim que você vai ser reconhecido.
Fonte: G1 > Carreiras
Link: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL851143-15526,00-HONESTIDADE+E+REQUISITO+MAIOR+PARA+PROFISSAO+DIZ+FOTOGRAFA.html
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