(Foto: Divulgação/Senac)
Cursos oferecem formação humana e técnica.
Graduação se divide entre teoria e prática.
Por todos os cantos da cidade é fácil encontrar um fotógrafo amador com sua câmera ou até mesmo com o celular. O acesso à tecnologia digital, ao contrário do que podia se pensar, gerou empregos a fotógrafos profissionais. Segundo especialistas ouvidos no Guia de Carreiras do G1, o cenário é bom para quem quer trabalhar com fotografia: há mais áreas de atuação e o mercado necessita de pessoas capacitadas para eternizar as imagens.
“De 2000 a 2004, houve uma baixa na área da fotografia. As pessoas acharam que as câmeras digitais podiam substituir o profissional. Mas, a partir de 2004, começou a se abrir um grande mercado de trabalho”, aponta a coordenadora do curso de fotografia no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de São Paulo (Senac-SP), Soledad Galhardo. O presidente do Sindicato das Empresas de Artes Fotográficas no Estado de São Paulo, Lincoln Keiji Uematsu concorda com Soledad. “Hoje as pessoas estão clicando muito mais do que clicavam antigamente. E aumentou a inclusão de fotografias em arquivos, em sites, existem novos tratamentos gráficos e de design”, afirma.
Para Uematsu, com as câmeras digitais notou-se decréscimo na revelação e impressão de fotos. Mesmo assim, Soledad aponta que novas técnicas de impressão estão na crista da onda. “Há novos processos alternativos. Hoje se usa fotografia em vitrines e até mesmo em bolos, com impressão em papel-arroz. Há roupas, objetos, design”, diz.
Perfil
Para lidar com fotografia não basta apenas domínio técnico da luz, de acordo com a professora Soledad. “Esse curso se destina às pessoas que têm forte ligação com o mundo das imagens. É preciso gostar de exposição de arte, de cinema, de história da arte. E é preciso se aperfeiçoar muito”, diz.
A carreira de fotógrafo não exige curso superior, no entanto, a procura pela graduação tem aumentado. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Educação (MEC) existem 18 cursos superiores, dos quais dois são bacharelados (com duração mínima de 3,5 e 4 anos) e 16 são de tecnologia, com duração mínima de dois anos, de acordo com o ministério. A diferença entre os cursos é a profundidade do conteúdo.
De acordo com a professora, a carga horária do curso é dividida em 50% de atividades práticas e 50% de atividades teóricas.
“O estudante aprende antropologia visual, cultura da imagem, sociologia, das áreas teóricas, impressões e expressões da luz, luz como expressão, suporte como discurso, luz composta. Modos de recordar e celebrar”, conta a professora. “E há também os conteúdos profissionalizantes, como retrato, fotojornalismo, fotografia científica, editorial, publicitária, crítica e curadoria, além de noções de administração para que o estudante seja um empreendedor”.
Fonte: G1
1 comentários:
Eu quero fazer um curso de estúdio. Pena que não acho aqui em Cuiabá. :\
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