Fonte: Paula Rothman
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Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology estão desenvolvendo uma câmera capaz de capturar imagens fora do seu campo de visão.
Ao ser apontada para um prédio, por exemplo, a luz que ela libera “quica” nas portas e paredes, entra em quartos ou cantos e retorna trazendo informações que o observador não consegue enxergar.
O nome do sistema, em inglês, é "femtosecond transient imaging system", e explora o fato de que é possível capturar a luz em escalas de tempo extremamente pequenas. Câmeras tradicionais medem o número total de fótons recebidos, mas o novo sistema mede a taxa de chegada de fótons em função do tempo. Capturando a luz continuamente e computando o tempo e distância que cada pixel viajou, o sistema cria uma “imagem-tempo” 3D da cena.
O feito é possível graças a um laser especial que libera raios bem curtos em um intervalo de tempo muito pequeno: apenas um “femtosegundo”(um quadrilionésimo de segundo). Esses raios podem refletir primeiro em um objeto (como a porta que a câmera enxerga) antes de refletirem uma segunda vez em um corpo “escondido” (fora do campo de visão) e retornarem, passando novamente pelo primeiro objeto e sendo captados pela câmera. Algoritmos sofisticados então usam essa informação do sensor para reconstruir as cenas ocultas.
O sistema criado pelo Professor Ramesh Raskar, do MIT, ainda está em fase de desenvolvimento mas já possui inúmeras aplicações possíveis. Em missões de busca e resgate, como em um prédio pegando fogo, ele seria extremamente útil para enxergar se há vítimas ou perigos pelo caminho. Ele também poderia evitar colisões de carros ou servir para inspecionar locais e objetos e até mesmo tem aplicações médicas. Se colocado em endoscópios, poderia ajudar a visualizar áreas do corpo normalmente escondidas – como dobras de tecidos, por exemplo.
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