Por: Kenia Di Andrino
Colaboradora à convite do Instituto Internacional de Fotografia
Depois de descobrir o fascínio que as luzes bem empregadas podem agregar a foto, percebi a importância de se ter o mínimo em luzes e acessórios a fim de alcançar uma imagem equilibrada.
No módulo de estúdio no IIF vimos as diferenças entre luz dura e suave, direção da luz, cor e intensidade. Pois bem, quando se está em estúdio ao tentar simular aspectos naturais como se estivesse em outro ambiente, é necessário recorrer à memória. Já que o estúdio é uma tela em branco a se pintar. Imagine: Como é uma luz que vinda de uma janela? Ou a de um abajur?
Ao usar o colega de sala como personagem, o professor pediu para que reconstruíssemos a tal luz de abajur. Mas como é a luz de abajur, mesmo? Uma luz dura, superior lateral (provavelmente 90° graus), que mantém todo o resto do ambiente escuro, mas com alguma informação (a luz se esvanece ao longo do ambiente).
Dentre os acessórios utilizados estavam: 2 monotochas eletrônicas com refletores parabólicos comuns e 4 isopores (um lateral direito à 45°, um ao fundo - com uma face branca e outra preta- e dois pretos à direita). Veja esquema de iluminação:
Obs: O mesmo rebatedor branco entre as duas fontes de luz, suaviza a luz do fundo (chamada luz de efeito) e também impede que a luz apontada para o personagem impacte bruscamente no fundo.
Mãos à obra
Para que a construção ficasse mais próxima do idealizado (a luz de abajur), a atividade em grupo foi feita em algumas tentativas. Seguem:
Nesta primeira tentativa, usamos apenas uma luz à 90° graus, à esquerda superior, com refletor parabólica comum. À direita, contudo, colocamos dois rebatedores de isopor com a face preta, a fim de absorver a luz da esquerda. Reparem como a sombra é acentuada e não temos informação (detalhes) do rosto do personagem.
Já na segunda tentativa, para diminuir a sombra, aplicamos um rebatedor branco (isopor), à 45° graus, à direita, debaixo para cima. Agora, mesmo com sombra é possível perceber a feição do personagem. Uma observação, porém, é que o fundo está bem escuro. E porque não acrescentar uma luz de efeito para criar uma relação entre fundo e objeto? Foi o que fizemos.
Ao adicionar a luz de efeito (lado esquerdo, superior), apontada para o fundo infinito, reparamos que seu efeito ficara um tanto artificial, pois um abajur não cria tamanha iluminação. Um abajur deveria se mais pontual. Então, mudamos a posição dessa luz de efeito para frente, como quem faria uma contraluz, mas colocamos um isopor rebatendo-a, chegando ao fundo infinito de modo bastante suave. E… Voilá! (Veja o resultado final.)
O resultado foi este: Mesmo com dois pontos de luz, a impressão que temos é de apenas um ponto de luz lateral esquerda. Como um abajur, a luz forma um arco (meia lua) e se esvanece...
Depois de compreender as técnicas, acessórios e gambiarras da iluminação, as fotos ficam mais profissionais e divertidas, fato.
Fotos: Tiago Stéfano. Personagem: Ricardo Bensemana
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Iluminação. Todos os truques e mistérios. Aprenda!
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Eduardo Chaves
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